sábado, 29 de novembro de 2008
As velas de Shabat
Texto da Coleção "Nossa Herança" Editora Chabad
"A Vela de D’us é a alma humana."
Disse D’us: "Minha Vela (a Torá ) está na tua mão e a tua vela (a alma) está na Minha Mão; portanto, guarde a Minha Vela para que Eu guarde a tua vela."
Algo extraordinário acontece cada vez que você acende as velas em homenagem ao Shabat… você se sente vinculada a seu povo. É um costume que advém desde os tempos bíblicos. A Matriarca Sara acendeu uma lamparina que ardeu miraculosamente de Shabat a Shabat; a Matriarca Rivca recitou a bênção sobre a mesma lamparina, desde seus três anos de idade. É esta tradição de 3700 anos que as mulheres judias observam, ao saudar a chegada da Rainha Shabat, trazendo mais luz ao mundo.
Que este ato possa iluminar e inspirar uma futura paz eterna para o mundo e para todo o povo de Israel.
O dia que serve como fonte de bênção, uma preparação e inspiração para os seis dias de trabalho da semana, é naturalmente o Shabat. Desde que a base da vida judaica é a vida do lar; e o alicerce do lar é a mulher, é bem apropriado que a inauguração do Shabat tenha sido entregue em suas mãos, pelo acender das velas que introduzem no ambiente da casa a santidade do Shabat.
Luz versus escuridão
Que resposta deu o povo judeu às adversidades no transcurso da História?
Os Salmos descrevem a reação ao cativeiro da Babilônia com as palavras poéticas: "Nas margens dos rios da Babilônia sentamos e choramos ao recordar Tsiyon. " Mas, esta descrição é interpretada pela maioria das pessoas errôneamente, pois as grandes academias de estudo e as elevadas conquistas filosóficas alcançadas na Babilônia não chegaram a ser superadas nem mesmo em épocas de prosperidade. Assim sendo não apenas houve choros nessa terra estranha, mas também foi criada uma obra monumental, o Talmud Babilônico.
Este cenário repetiu-se diversas vezes durante a história. Quanto maior era o problema, mais intensa era a reação espiritual que provocava.
Visitando uma boa biblioteca judaica pode-se tomar cada obra clássica e classificá-la segundo o período de obscuridade a que pertencia; pois oportunamente, ela serviu para iluminar as trevas da época.
Esta então é a resposta judaica: lutar contra a escuridão com a arma mais efetiva: a luz. Pois "Uma pequena luz afasta muitas trevas."
O LubavitcherRebe, Rabi Menachem Mendel Schnersohn incentivou esta gloriosa corrente, guiando sua geração com paciência e perseverança para que enfrentasse os desafios da nossa o que deu início a uma série de campanhas, entre as quais o acendimento das velas de Shabat (além da colocação de tefilin, mezuzá, etc) a fim de atingir o bem sucedido método de acréscimo no campo espiritual.
Quando no mundo aumentam a corrupção e a indiferença, nós, como judeus, respondemos, intensificando nossa fé e compromisso com D’us. A mitsvá (preceito) na qual este aspecto está enfatizado é a do acender das velas de Shabat. O Lubavitcher Rebe disse: "Estando o mundo tão submerso na obscuridade e confusão, é imperativo que a mulher judia o ilumine com esta sagrada luz."
Antigamente
O primeiro Shabat trouxe ao Universo uma atmosfera de repouso e santidade, a qual reaparece no mundo (e em cada ser) semanalmente por meio das velas de Shabat. O ato do acendimento das velas está intimamente relacionado com as Matriarcas. Enquanto Sara viveu, suas velas de Shabat milagrosamente ardiam de uma sexta-feira até a seguinte e outros milagres ocorriam: sempre havia uma bênção na massa do pão e uma nuvem Divina pairava continuamente sobre sua tenda.
Com o seu falecimento, tudo isto cessou. "E Yitschac a trouxe para dentro da tenda de sua mãe Sara e ele a tomou e ela (Rivca) se tornou sua mulher; e ele a amou e consolou-se da morte de sua mãe"(Gênesis XXIV:67). Rashi comenta: "E ele a trouxe para a tenda e ela era como Sara, sua mãe! Pois, enquanto Sara viveu suas luzes de Shabat miraculosamente ardiam na tenda de uma sexta-feira até a seguinte, sempre havia uma bênção (aumento milagroso) na massa do pão e uma nuvem Divina pairava continuamente sobre a tenda. Desde a sua morte, tudo isso cessou.
Porém quando Rivca veio, reapareceu de novo." Yitschac viu o reaparecimento dos milagres por mérito de Rivca e foi então que decidiu tomá-la como esposa. Obviamente, nossa mãe Rivca acendia as velas de Shabat mesmo antes de se casar.
Comentam nossos sábios que naquele tempo Rivca tinha somente três anos de idade! É verdade que era muito mais madura, intelectual e fisicamente do que uma menina comum daquela idade. Mas isto não alterava o seu status na perspectiva da lei da Torá, halachicamente, ela era considerada menor. Porém fazia absoluta questão de acender suas próprias velas.
Para nós a diretriz é clara. Não só as meninas solteiras acima da idade de Bat-Mitsvá (de doze anos para cima) devem acender as velas do Shabat, mas também meninas pequenas, a partir dos três anos de idade, devem ser educadas e treinadas na mitsvá de Nerot Shabat — mesmo quando a mãe ou outro membro adulto da casa já esteja acendendo as velas.
Em nossos dias
Num recinto mal-iluminado, uma só lâmpada a mais pode acrescentar luz suficiente; mas quando um lugar está em total escuridão, mais luzes se tornam necessárias. Em gerações passadas, nossos lares estavam repletos de luzes da Torá. Idéias estranhas "da rua" não penetravam e mesmo o mundo exterior não era tão escuro. Mas na licenciosa sociedade de hoje, prevalece um tenebroso negrume moral e idéias estranhas encontraram o caminho para introduzir-se dentro do lar judaico. A reação deve ser o aumento de intensidade na iluminação daTorá.
Toda mulher ou moça judia é chamada "uma filha de Sara, Rivca, Rachel e Léa". Toda menina herda esse poder maravilhoso de iluminar o mundo e seu lar com o acendimento das velas de Shabat. É verdade que a luz que Sara e Rivca acendiam durava milagrosamente e emitia um brilho visível durante a semana toda; mas, espiritualmente, o efeito das crianças acendendo velas hoje é o mesmo.
Assim que a menina já consegue compreender a idéia de Shabat e dizer a benção (com cerca de três anos) seus pais devem presenteá-la com um castiçal e ensiná-la a acender uma vela a cada Shabat. Ela deve acender a sua vela antes da mãe, para que ela possa ajudá-la, se necessário. A menina também pode ser encorajada a colocar algumas moedas na caixinha de Tsedacá, antes de acender a vela, o que ensina a virtude de repartir.
Neste momento, com a família reunida, a mulher oferece uma oração silenciosa ou verbal por seu marido e filhos.
É verdade que a luz que Sara e Rivca acendiam, durava fisicamente e emitia um brilho visível durante a semana toda; mas o efeito interior das crianças de hoje acendendo as velas de Shabat é o mesmo. Embora não possamos vê-lo com os nossos olhos de carne e osso, as velas de Shabat acesas pela pequenina filha judia de nossa época enchem o lar de luz espiritualmente durante a semana inteira.
Um momento oportuno
A hora do acendimento das velas sempre foi um momento muito especial. Através das gerações, a mulher judia elegeu este momento para recitar uma oração pessoal, pedindo saúde, bem-estar físico e espiritual para sua família.
Que luz guiou a sua intuição ao relacionar os pedidos e preces com este momento? O grande cabalista Rabi Yitschac Lúria, conhecido como Arizal, escreveu que as preces da mulher são singularmente bem recebidas por D’us, nesta hora especial.
Novamente compreendemos porque as mulheres piedosas de todas as épocas, cuidaram tão escrupulosamente desta mitsvá. Seus candelabros lhes eram mais preciosos que as jóias e se asseguravam de preparar-se em tempo para a hora de receber o Shabat: a casa estava impecável, os alimentos de Shabat antecipadamente prontos, a mesa arrumada com belos talheres e louças e toda a família vestida com suas melhores roupas. Cada aspecto colaborava para que a luminosidade do Shabat fosse perfeita. Este brilho que iluminou os lares judaicos de semana a semana através dos anos, continua perpetuando e recordando-nos a futura Redenção, como expressaram nossos sábios: "Se cuidarem do acender das velas de Shabat , terão o mérito de ver as luzes de Tsiyon na Redenção do povo judeu."
O motivo das duas velas
Cada Mitsvá da Torá é comparada a uma vela: "Ki Ner Mitsvá Vetorá Or" ("Uma Mitsvá é uma vela e a Torá é luz"). Cada Mitsvá cria uma luz espiritual e a luz, ou sua chama, elevando-se, aproxima a pessoa da Divindade. A chama é comparada à alma; da mesma forma que uma chama sempre direciona-se para cima, a alma quer conectar-se com D’us.
Esta mensagem de luz, símbolo universal de claridade, visão, conhecimento e verdade, encontra-se intimamente ligada à mensagem do Shabat. O primeiro Shabat trouxe ao universo uma atmosfera de repouso e santidade, que reaparece no mundo e em cada ser semanalmente no momento de acender as velas, quando a mulher traz o Shabat para dentro de seu lar.
No mínimo duas velas são acesas correspondendo às duas expressões "Zachor" e "Shamor" que são mencionadas nos Dez Mandamentos.
"Zachor" - "Recorda o dia de Shabat para santificá-lo" (Êxodo XX:8), refere-se à observância do Shabat como acender as velas, o recitar do Kidush (a santificação com o vinho), a refeição festiva, vestir-se com roupas especiais, orar, ouvir a leitura da Torá na sinagoga, aprender e discutir passagens da Torá.
"Shamor" - "Guarda o dia de Shabat para santificá-lo" (Deut. V:12), refere-se a abster-se de qualquer categoria de trabalho (Melachá) inadequado a este dia especial.
As luzes simbolizam alegria e serenidade que distinguem o Shabat.
A mitsvá é cumprida acendendo velas somente num ambiente, de preferência no local da refeição, uma vez que a principal mitsvá das velas é iluminar a mesa, para que haja prazer e alegria. Também há uma grande segulá em observar as velas acesas na hora de recitar o kidush.
Shamor implica em privar-se das atividades proibidas, enquanto que Zachor recorda o cumprimento dos nobres costumes de Shabat : o acendimento das velas, o Kidush, a comida especial, as roupas elegantes em honra ao sétimo dia, as preces e o estudo da Torá. Ao observar estes preceitos, obtemos uma verdadeira elevação espiritual.
A mulher: luz e alicerce do lar
Superficialmente, a razão porque a mitsvá de Shabat eYom Tov foi entregue à mulher é para "trazer de volta" a luz que Chava (Eva) diminuiu ao afetar adversamente a "luz do mundo" incorporada em Adam. Entretanto, o Zôhar explica que o significado interior, o motivo profundo porque foi confiada à mulher essa mitsvá vital, é devido ao seu valor precioso. A prerrogativa do acender das velas de Shabat é uma insígnia de honra para a mulher, indicando que o Onipotente a escolheu, deu a ela o mérito e a investiu com os poderes de… "dar à luz e criar filhos imbuídos de santidade que serão uma luz para o mundo," que o iluminarão ao incorporarem a luz da Torá e das mitsvot em sua vida cotidiana.
…"aumentar a paz na terra," intensificar e avolumar a paz e a felicidade no mundo inteiro, a partir de Shalom Bayit, a tranqüilidade e paz no lar, resultantes das luzes de Shabat. e…"garantir à sua família longos dias;" por meio das velas de Shabat que ela acende, se torna merecedora da bênção de anos prolongados, plenos de bondade e vitalidade para si mesma, para seu marido, seus filhos e filhos dos seus filhos.
O acendimento das velas
• O momento indicado de acender as velas de Shabat é 20 minutos antes do pôr-do-sol (em certas comunidades, 18 minutos).
• É proibido acender as velas depois deste horário, pois fazê-lo seria profanar o Shabat. Portanto, caso a pessoa esteja ausente ou tenha esquecido, não deverá acendê-las nesta semana.
• Observar o horário do pôr-do-sol que varia de cidade para cidade. Verifique o horário correto de sua localidade acessando o seguinte link de nosso site: acendimento das velas
• Acendem-se as velas toda sexta-feira em honra ao Shabat e na véspera das seguintes Festas judaicas: dois dias de Rosh Hashaná, Yom Kipur, os dois primeiros dias de Sucot, Shemini Atseret, Simchat Torá, os dois primeiros e os dois últimos dias de Pêssach, e os dois dias de Shavuot.
• Ao acender as velas de Yom Tov, após seu início, uma chama pré-existente deve ser utilizada, uma vez que em Yom Tov é proibido criar um fogo novo (riscar um fósforo, acender um isqueiro ou ativar um acendedor automático); entretanto, é permitido transferir o fogo a partir de uma chama continuamente acesa desde antes do princípio da festa. As velas de Yom Tov (quando a Festa não coincidir com sexta-feira à noite) devem, à princípio, ser acesas no horário; porém podem ser acesas após o pôr-do-sol a partir de uma chama pré-existente.
• Quando Yom Tov coincide com sexta-feira à noite, obrigatoriamente as velas devem ser acesas antes do horário indicado, igual às velas de Shabat.
• Se a primeira noite de Yom Tov cair em motsaê Shabat (sábado à noite) e sempre na segunda noite de Yom Tov, as velas devem ser acesas apenas após o completo anoitecer, respeitando as leis de Yom Tov.
• As velas da segunda noite de Yom Tov (quando não coincide com sexta-feira à noite) devem ser acesas, obrigatoriamente, após o pôr-do-sol. Neste caso é usado somente fogo de uma chama pré-existente.
Local apropriado para o acendimento
• As velas devem ser colocadas no recinto onde a família faz a refeição de Shabat, para evidenciar que foram acesas em sua honra. Elas não devem ser acesas em um lugar e depois transportadas para outro.
• As velas devem ter um tamanho mínimo que permita estarem acesas pelo menos até o final da refeição de Shabat.
• Após acesas as velas, é proibido mover os candelabros até o final do Shabat; esta é a razão pela qual a maioria das mulheres prefere acendê-las próxima à mesa, mas sob um balcão, mesa auxiliar, aparador, etc.
• Antes de acender as velas na véspera de Shabat (para quem as acende sobre a mesa), é conveniente colocar sobre esta mesa as chalot (pães de Shabat).
Quem acende as velas
• Esta obrigação recai principalmente sobre a mulher. Ela deve acender as velas com alegria, pois pelo mérito desta mitsvá terá filhos iluminados pela Torá e tementes a D'us, o que trará paz ao mundo, e proporcionará a seu marido vida longa.
• Se o homem vive só, deve acender as velas pronunciando a devida benção.
• Há um costume citado no Talmud, que o marido também pode participar desta importante mitsvá, auxiliando na preparação das velas, queimando antes os pavios, facilitando seu acendimento posterior. Porém, no dia de Yom Tov isto não pode ser feito, uma vez que não é permitido apagar as velas.
• Caso haja várias mulheres na casa, cada uma delas deve acender suas próprias velas no mesmo local e recitar a bênção devida, desde que o façam em candelabros separados..
• Como já mencionado acima, meninas com mais de 3 anos também devem acender uma vela.
Número de velas
• As mulheres casadas devem acender pelo menos duas velas referentes a "zachor" (lembra) e "shamor" (guarda) – as duas expressões usadas por D'us ao proclamar a santidade do Shabat nos Dez Mandamentos.
• Em algumas comunidades costuma-se acender uma vela a mais para cada filho. Por exemplo, uma mãe com três filhos acenderá cinco velas. Uma das razões deste costume é que a luz simboliza a neshamá (alma) e para cada alma acrescenta-se uma nova chama.
• Meninas e moças solteiras devem acender uma só vela.
O procedimento e costumes
• Acende(m)-se a(s) vela(s). Solta-se o fósforo aceso para que se apague sozinho (uma vez que o Shabat já foi recebido): o palito não é jogado e sim depositado cuidadosamente para que se extinga por si só.
• Em Yom Tov também não é permitido grudar as velas, esquentando a cera na base. As velas podem ser encaixadas com ajuda de pedaços de papel-alumínio, cortados na véspera.
• Logo em seguida cobrem-se os olhos com ambas as mãos para não fitá-las.
• Recita-se a benção.
• Descobrem-se os olhos e ao ver a chama, desfruta-se do brilho e do calor das velas.
• Este procedimento deve ser seguido tanto com as velas de Shabat quanto com as de Yom Tov.
• Se uma vela se apagar não é permitido reacendê-la no Shabat. Deve-se reacendê-la após o completo término de Shabat e/ou Yom Tov.
• A razão pela qual a benção deve ser dita depois e não antes do acender das velas é que se a oração fôr pronunciada antes, parecerá que a mulher já "inaugurou" o Shabat. Neste caso não lhe seria permitido acender as velas, uma vez que é proibido acender fogo no Shabat.
• Ao acender a(s) vela(s), faz-se um movimento circular com as mãos em volta das velas, e em seguida cobrem-se os olhos com as mãos. Recita-se a bênção. Descobrem-se os olhos e mira-se as chamas.
• Refletimos sobre a alegria em receber o Shabat e agradecemos por todas as bênçãos e pelo mérito de podermos cumprir a vontade do Criador.
• A mulher (ou menina) acende as velas e estende as mãos sobre elas num movimento circular em direção a si mesma por três vezes para indicar a aceitação da santidade do Shabat. Em seguida, cobre os olhos com as mãos, recita a bênção abaixo e então descobre os olhos para fitar as luzes. A bênção na véspera de Shabat
Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, asher kideshánu bemitsvotav, vetsivánu lehadlic ner shel Shabat côdesh.
Bendito és Tu, ó Eterno, nosso D'us, Rei do Universo,que nos santificou com Seus mandamentos, e nos ordenou acender a vela do santo Shabat.As bênçãos na véspera de Yom Tov
Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, asher kideshánu bemitsvotav, vetsivánu lehadlic ner shel Yom Tov (coincidindo com a véspera de Shabat, termina-se: lehadlic ner shel Shabat veshel Yom Tov).
Bendito és Tu, ó Eterno, nosso D'us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou acender a vela de Yom Tov (coincidindo com a véspera de Shabat, termina-se: acender a vela de Shabat e de Yom Tov).
Baruch Atá A-do-nai, E-lo-hê-nu Mêlech haolam, she- he-cheyánu vekiyemánu vehiguiánu lizman hazê.
Bendito és Tu, ó Eterno, nosso D'us, Rei do Universo, que nos deu vida, nos manteve e nos fez chegar até a presente época.
Perguntas mais freqüentes
Quem acende as velas de Shabat?
Uma mulher casada geralmente acende velas em nome de toda a família, a menos que por algum motivo seja incapaz de fazê-lo. Nesse caso o marido, ou um dos filhos mais velhos, pode acender.
Mulheres e homens solteiros acendem suas próprias velas, caso a mãe não acenda por eles. Um convidado na casa de alguém pode ser incluído no acendimento da anfitriã.
Quantas velas devem ser acesas?
Há costumes diferentes. Algumas pessoas acendem uma vela enquanto são solteiras, depois duas quando se casam. Há o costume de se acrescentar uma vela a mais para cada filho que nasce, além das duas. O costume mais comum é acender duas velas, uma para "lembrar" o Shabat e uma para "guardar" o Shabat. Conforme o costume Chabad instituido pelo Rebe, é um bom costume meninas a partir dos três anos ter sua prórpia vela acessa antes do Shabat e Yom Tov.
E se não estivermos em casa para o jantar da sexta-feira?
Acenda suas velas em casa se for voltar para dormir lá, desde que elas ainda estejam ardendo quando você chegar. Caso contrário, acenda suas velas em casa e fique até depois de escurecer, antes de sair para jantar fora.
(Se você teme deixar as velas acesas sem supervisão, simplesmente acenda-as em um local seguro, dentro de uma pia forrada com alumínio e que não será usada durante o Shabat!)
E se eu não chegar em casa a tempo de acender as velas antes do pôr-do-sol?
Algumas pessoas podem pensar que é tão importante acender velas no Shabat que fazê-lo mais tarde é melhor que não fazer. Essa é uma idéia equivocada. É melhor não acender as velas do que transgredir a proibição de fazer fogo no Shabat. Tente programar suas tardes de sexta-feira o melhor possível, para estar em casa na hora de acender as velas.
E durante o horário de verão, quando o acendimento ocorre tão tarde?
É permitido "começar o Shabat mais cedo". Isso é feito simplesmente acendendo as velas, ou por meio de uma aceitação verbal do Shabat. A hora para começar o Shabat mais cedo possível é uma hora e quinze minutos antes do pôr-do-sol. Muitas comunidades fazem isso durante os meses de verão, quando o pôr-do-sol pode ser muito tarde, para que as crianças possam estar à mesa. Os serviços da noite de sexta-feira no verão muitas vezes são feitos em dois turnos; um para aqueles que preferem mais cedo, e um para aqueles que o fazem ao pôr-do-sol.
Tenha em mente que isso não é exatamente "uma hora e quinze" no seu relógio. Isso porque o dia judaico – do nascer ao pôr-do-sol – é dividido em 12 partes iguais. Portanto, não importa se o dia é longo ou curto, cada doze avos é considerado "uma hora". É um pouco complicado. Consulte um rabino sempre que tiver dúvidas.
Lembre-se: Depois que as velas foram acesas, mesmo se for uma hora antes do pôr-do-sol, é considerado como "Shabat" para você em todos os aspectos. (Isso, no entanto, não significa que o Shabat agora pode terminar mais cedo. O Shabat pode começar mais cedo, mas nunca terminar antecipadamente.)
Posso mover os castiçais após acender as velas?
Objetos que não têm utilidade no Shabat não devem ser movidos. Estes objetos estão numa categoria chamada muktzê, que significa "deixado de lado". Como não usamos fósforos, velas, ou qualquer coisa que envolva começar ou extinguir fogo no Shabat, estes itens não são movidos. Portanto, certifique-se de acender em local conveniente para deixar os castiçais por toda a duração do Shabat.
terça-feira, 25 de novembro de 2008
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
O que é Cabalá?
Cabalá: aquilo que é recebido. Aquilo que não pode ser conhecido apenas através da ciência ou da busca intelectual. Um conhecimento interior que tem sido passado de sábio para aluno desde o despertar dos tempos. Uma disciplina que desperta a consciência sobre a essência das coisas.
Entramos neste mundo e nossos sentidos encontram sua crosta externa. Tocamos a terra com nossos pés, a água e o vento atingem nossa pele, recuamos perante o calor do fogo. Escutamos os sons e ritmos. Vemos formas e cores. Logo começamos a medir, a pesar e a descrever com precisão. Como cientistas, registramos o comportamento dos compostos químicos, das plantas, animais e seres humanos. Nós os gravamos em video-tape, observamos sob o microscópio, criamos modelos matemáticos, enchemos um supercomputador com dados a seu respeito. De nossas observações, aprendemos a domar nosso ambiente com invenções e engenhocas, e então nos damos um tapinha nas costas e dizemos: "Isso mesmo, conseguimos."
Mas nós mesmos, nossa consciência, que está examinando este mundo, residimos em uma camada mais profunda. Eis por que não podemos deixar de perguntar: "E sobre a coisa em si mesma? Aquilo que está lá antes que a medíssemos? O que é matéria, energia, tempo, espaço - e como vieram a ser?
Para explicar nosso mundo sem examinar esta profundeza interior é tão superficial quanto explicar o trabalho de um computador descrevendo as imagens vistas no monitor. Se virmos uma bola movendo-se para cima e para baixo na tela, diríamos que está ricocheteando contra o fundo da tela? Os dispositivos na sua barra de rolagem exercem alguma força sobre a página dentro da tela? A barra do menu tem realmente os menus ocultos atrás dela?
O autor de um software de uso facilitado seguiu regras consistentes para que você possa trabalhar confortavelmente dentro dele. Se for um jogo de alguma complexidade, ele precisou determinar e seguir um grande conjunto de regras. Mas uma descrição destas regras não é uma explicação válida de como isso funciona. Para isso, precisamos ler seu código, examinar o equipamento, e, mais importante - examinar a descrição de seu conceito original. Precisamos vê-lo da maneira que o autor o vê, como evolui passo a passo de um conceito em sua mente através do código que ele escreve, até os pontinhos fosforescentes minúsculos na tela.
O código por trás da realidade, o conceito que instila vida às equações e as torna reais. Homens e mulheres sacrificaram seu alimento, seu conforto, viajaram grandes distâncias e pagaram com sua própria vida para chegar a conhecer estas coisas. Não há uma só cultura neste mundo que não tenha seus ensinamentos para descrevê-las. Nos ensinamentos judaicos, elas são descritas na Cabalá.
Segundo a tradição, as verdades da Cabalá foram conhecidas por Adam (Adão). Aquilo que sua mente apreendeu, nenhuma outra mente pode conceber. Mesmo assim ele foi capaz de transmitir um vislumbre de seu conhecimento a algumas das grandes almas que dele descenderam, como Hanoch e Metushelach. Foram eles os grandes mestres que ensinaram Nôach (Noé), que por sua vez ensinou seus próprios alunos, incluindo Avraham (Abraão). Avraham estudou na academia do filho de Nôach, Shem, e enviou seu filho Yitschac para lá estudar, depois dele. Yitschac por sua vez mandou seu filho Yaacov estudar com Shem e com o bisneto de Shem, Ever.
Adam, Nôach, Avraham - estes foram pais de toda a humanidade. Eis por que você encontrará alusões às verdades que eles ensinaram seja onde for que tenha chegado a cultura humana.
Mesmo assim, a fonte essencial para a Cabalá não é Adam ou Nôach ou mesmo Avraham. É o evento no Monte Sinai, onde a essência primordial do cosmos foi desnudada para que uma nação inteira a contemplasse. Foi uma experiência que deixou uma marca indelével sobre a psique judaica, moldando por completo nossas idéias e nosso comportamento desde então.
No Sinai, a sabedoria interior tornou-se não mais uma questão de intuição ou revelação particular. Era então um fato que havia penetrado em nosso mundo e se tornado parte da história e da experiência dos mortais comuns.
Eis por que a Cabalá não pode ser chamada de filosofia. Uma filosofia é o produto de mentes humanas, algo com que qualquer outra mente humana pode jogar, espremê-la ou esticá-la segundo os ditames de seu próprio intelecto e intuição. Mas Cabalá significa: "que é recebida." Recebida não apenas de um professor, mas do Sinai. Assim que o aluno tenha dominado o caminho deste conhecimento recebido, ele ou ela pode encontrar maneiras de expandi-lo ainda mais, como uma árvore se ramifica a partir de seu tronco. Mas será sempre um crescimento orgânico, jamais tocando a vida e a forma essenciais daquele conhecimento. Os ramos, galhos e folhas irão apenas onde deveriam para aquela árvore em particular - um bordo jamais se tornará um carvalho, e jamais um aluno revelará um segredo que não estivesse oculto nas palavras de seu mestre.
http://www.chabad.org.br/
O Biquíni - Uma Verdadeira Bomba
Apesar de toda essa vocação natural em relação aos trajes de banho, o biquíni não é uma invenção nacional. Ele foi inventado pelo estilista francês Louis Réard que o batizou com o nome do pequeno atol de Bikini, no Pacífico, onde os americanos haviam realizado uma série de testes atômicos.
Não é a toa que a famosa editora de moda Diana Vreeland (1903-1989) disse uma vez que o biquíni "é a invenção mais importante deste século (20), depois da bomba atômica". O lançamento do primeiro biquíni foi em 26 de junho de 1946 e causou o efeito de uma verdadeira bomba.
Apesar de toda euforia em torno do novo traje de banho, descrito por um jornal da época como "quatro triângulos de nada", o biquíni não emplacou logo de cara. O primeiro modelo, todo em algodão com estamparia imitando a página de um jornal, se comparado aos de hoje, era comportado até demais. Entretanto, para os padrões da época, um verdadeiro escândalo.
Tanto, que nenhuma modelo quis participar da divulgação do pequeno traje. Por isso, em todas as fotografias do primeiro biquíni, lá está a corajosa stripper Micheline Bernardini, a única a encarar o desafio.
Na década de 50, as atrizes de cinema e as pin-ups americanas foram as maiores divulgadoras do biquíni. Em 1956, a francesa Brigitte Bardot imortalizou o traje no filme "E Deus Criou a Mulher", ao usar um modelo xadrez vichy adornado com babadinhos.
No Brasil, o biquíni começou a ser usado no final dos anos 50. Primeiro, pelas vedetes, como Carmem Verônica e Norma Tamar, que juntavam multidões nas areias em frente ao Copacabana Palace, no Rio de Janeiro, e, mais tarde, pela maioria decidida a aderir à sensualidade do mais brasileiro dos trajes. A partir daí, a história do biquíni viria se tornar parte da história das praias cariocas, verdadeiras passarelas de lançamentos da moda praia nacional.
Na década de 60, a imagem sensual da atriz Ursula Andress dentro de um poderoso biquíni, em cena do filme "007 contra o Satânico Dr. No" (1962) entrou para a história da peça. Em 1964, o designer norte-americano Rudi Gernreich dispensou a parte de cima do traje e fez surgir o topless, numa ousadia ainda maior. No Brasil, essa moda não fez tanto sucesso quanto em algumas praias da Europa, mas mesmo assim o então prefeito de São Paulo, Prestes Maia, chegou a proibir o uso do topless em piscinas públicas.
Um modelo muito usado nos anos 60 era o chamado "engana-mamãe", que de frente parecia um maiô, com uma espécie de tira no meio ligando as duas partes, e, por trás, um perfeito biquíni.
Mas foi no início dos 70, que um novo modelo de biquíni brasileiro, ainda menor, surgiu para mudar o cenário e conquistar o mundo - a famosa tanga. Nessa época, a então modelo Rose di Primo era a musa da tanga das praias cariocas.
Durante os anos 80 surgiram outros modelos, como o provocante enroladinho, o asa-delta e o de lacinho nas laterais, além do sutiã cortininha. E quando o biquíni já não podia ser menor, surgiu o imbatível fio-dental, ainda o preferido entre as mais jovens. A musa das praias cariocas dos 80 foi sem dúvida a então modelo Monique Evans, sempre com minúsculos biquínis e também adepta do topless.
Nos anos 90, a moda praia se tornou cult e passou a ocupar um espaço ainda maior na moda. Um verdadeiro arsenal, entre roupas e acessórios passaram a fazer parte dos trajes de banho, como a saída de praia, as sacolas coloridas, os chinelos, óculos, chapéus, cangas e toalhas. Os modelos se multiplicaram e a evolução tecnológica possibilitou o surgimento de tecidos cada vez mais resistentes e apropriados ao banho de mar e de piscina.
Toda essa intimidade brasileira com a praia, explicada pelo clima do país (em alguns Estados brasileiros é verão durante a maior parte do ano) e pela extensão do litoral que tem mais de 7 mil km de praias, podem explicar o motivo pelo qual o Brasil é o país lançador mundial de tendências desse segmento.
Por CLAUDIA GARCIA
Está na hora de trocar o seu biquíni
Eu adoro quando está perto de trocar as estações do ano, é ai que podemos e devemos aproveitar para comprar coisas mais baratas. Como o frio já está se aproximando é um ótimo momento para investir uma graninha em roupas de calor, vale muito a pena, e você pode encontrar peças com até 70% de descontou.
A Track & Fiel está com até 40% de desconto em suas peças, os modelitos lá são um pouco carinhos, mas de super qualidade, por isso vale a pena correr em alguma loja e comprar vários, ou o quanto seu bolso deixar.
A Blue Beach também está com promoções que variam bastante, no site da marca não fala nada, o negócio é correr para o shopping mais próximo e se informar melhor
São diversos modelos de biquínis e maiôs para todos os tipos de mulheres, biquínis bem pequeninos para quem tem corpão e coragem, e também biquínis lindíssimos com a calcinha uma pouco mais larga para quem quer esconder as “gordurinhas”.
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Tudo sobre Biquinis e Moda Praia!
História do Biquini
A criação do biquini é disputada por dois estilistas franceses: primeiro, Jacques Heim apresentou o "atome" como "o menor maiô do mundo"; em seguida, Louis Réard mostrou o "bikini, menor que o menor maiô do mundo" e ficou com a fama do criador da peça.
Mas no início mulheres não estavam preparadas para usar peças de vestuário tão reduzidas, que mostravam o umbigo e foi proibido em vários países incluindo Portugal. No entanto actrizes como Ava Gardner, Ursula Andress e Brigitte Bardot foram contra todos os preconceitos da época aderindo ao biquíni, como instrumento de sedução em filmes e em fotos.
Nos anos 60 biquíni atingiu o auge de popularidade. Era muitas vezes usado como adorno em filmes e músicas, e como contestação política e social. Tornou-se um símbolo pop. No Rio de Janeiro tornaram-se populares os famosos biquínis "fio dental".
Nos anos 90 a moda do fato de banho foi reavivada (especialmente por causa dos efeitos nocivos provocados na pele pela exposição aos raios solares), mas não tirou o lugar ao biquíni.
Curiosidades sobre o Biquini
Num verão ao final dos anos 70, apareceu o biquíni de crochê, que ficava todo torto quando molhava. Para segurar no lugar, as mulheres enrolavam a lateral. Assim nascia, por acaso, a tanga.
Dicas para Escolher o Biquini Adequado ao seu Corpo
Mulheres com Seios Pequenos: Para quem não tem seios avantajados, o modelo mais ideal é o cortininha, principalmente os com bojos. Os modelos "tomara-que-caia" também ajudam a dar a sensação de seios mais volumosos.
Mulheres com Quadris Estreitos:: Parte de baixo com lacinhos são as melhores, ou aquelas que tem as laterias da calcinha bem estreita
Mulheres com Seios Grandes:: Sutiãs estilo faixa com alças cai muito bem. Sutiãs com bojo também fica bom, desde que seja bem estruturado na base.
Quadris Largos:: Calcinha tipo sungão ficam muito bem.